Eu vi os azulejos verdes de longe, da porta da minha casa.
E parecia que todos eles iriam voar para bem longe.
A única sensação que eu tive em todo aquele momento foi medo, um medo muito grande e descontrolado de que tanta coisa viesse a acontecer ao mesmo tempo.
O vento desarrumava o meu cabelo.
Era tão forte que eu poderia perceber ele vindo de longe e aumentando a sua velocidade exatamente no momento que ele se encontrava comigo.
Da minha janela eu pude ver que as pessoas já não caminhavam mais pela rua, estava tudo muito deserto e muito escuro a luz de um dos três postes tinha se apagado. As nuvens pesadas no céu pareciam mais perto do que de costume.
E a chuva parecia não querer cair provando que ela pode ser mais improvável do que eu imaginava.
A noite fria ia ficando mais longa e a rua deserta muita assustadora.
Ainda fazendo frio como se nada tivesse acontecido o vento se foi, ele foi embora levando o medo e a escuridão da noite.
E quando eu olhei novamente para o céu já era dia outra vez.
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