Seus cabelos estavam desarrumados quando ela entrou no ônibus, com uma aparência de cansada e desesperada ao mesmo tempo.Seus olhos da cor de carvão expressavam a ternura de uma criança e a urgência de um adulto.Sentou em uma das cadeiras vazias lá no final do ônibus e segurou bem forte entre as mãos a sua pasta velha de cor avermelhada.Entre um olhar e outro ela via um mundo apressado e de pouco entendimento onde o que ela mais queria era chegar em casa.Ao lado dela uma senhora parou e de pé porque não tinha mais lugar para se sentar se escorou na cadeira que a menina estava sentada. A menina olhou para senhora e perguntou:
- a senhora gostaria de sentar?
- ah não pequena muito obrigado
Mais a menina insistiu.
- por favor, se sente
- Não precisa não meu bem, se eu me sentar você vai ficar em pé
- Não se preocupe comigo. A menina falou.
- ah não pequena muito obrigado
Mais a menina insistiu.
- por favor, se sente
- Não precisa não meu bem, se eu me sentar você vai ficar em pé
- Não se preocupe comigo. A menina falou.
Então a menina se levantou e a senhora acabou se sentando na cadeira. A senhora que deveria ter uns setenta anos agradeceu e pegou a pasta dos braços da menina. Com um olhar de respeito à menina agradeceu a mulher e ficou de pé encostada na cadeira. Vinte minutos depois a menina desceu do ônibus levando a educação e o carisma que todo adulto deveria ter mais a menina, só tinha apenas onze anos.
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